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sexta-feira, 25 de março de 2011

Soul Serenade

Querida,

A mudança veio, como você me disse que viria. Mas às vezes a gente fica meio pensativo, meio contemplativo e começa a lembrar de como era antes de se jogar no rio. Tem sido uma jornada longa, intensa. E como que me aproximando de uma cachoeira, a queda fica mais íngreme cada vez mais rápido. É, não tem jeito. Frio na barriga faz parte do pacote. E é bom que faça.

Mas é bom entrar em contato com quem se era, dizer “Oi, quanto tempo!” para depois seguir cada um o seu caminho. Mudança é sempre bom, contanto que você possa guardar intacto e com carinho aquilo que estima.

Passei a semana toda procurando a tal da “verdade” do russo. Procurei-a nos versos e acordes de todos os velhos amigos. Tola, esqueci que se tem algum lugar onde ela está, é em você.

Perdão, mas depois de tantas lições de amor próprio, sensibilidade, força de vontade, potência e delicadeza, nem sei o que te dar no seu aniversário.

Ficam aqui, nesse cantinho, meus eternos agradecimentos.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Só perguntas


Cara,

Como chegamos aqui?

Como permanecer o mesmo quando tudo muda?
Quando, 8 anos depois, você se vira e olha para si mesma, você gosta do que vê?
Como preservar o que há de melhor?
E como preservar algo que você nem sabe o que é?
Como não se tornar dona da certeza, dona da verdade?

Dona.
Sem perguntas, munida de afirmações, lá vai a Dona Fulana.


“Time may change me
But I can’t trace time”
Isso não é necessariamente ruim, certo?

Mas se você descobrir a resposta para alguma das perguntas acima, não esquece de me avisar?


Até lá,
G.G.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Atendendo a pedidos

Caros,

Ficcionalidades de cara nova! Após ouvir reclamações de cada ser humano que entrava no meu blog acerca da coloração do fundo e da tipografia, resolvi mudar para o branquinho básico.

Apesar de continuar sendo partidária da opinião de que é muito mais fácil ler em fundo preto com letras brancas, resolvi escutar os conselhos de uma certa professora minha: "Terceiro anoo!" "Nós, jornalistas, escrevemos para os outros, não para nós mesmos". Como eu gosto mesmo é de escrever pra mim mesma e disso não abrirei mão, resolvi fazer ao menos essa concessão a vocês.


Att.
Laís Clemente

terça-feira, 14 de abril de 2009

Já deu, né?

Caros Srs. editores de cadernos de cultura,

Todo mundo sabe que a indústria fonográfica está em crise (azar o seu, antes ela do que eu).

Todo mundo sabe que até o Papa deve baixar músicas pela internet (i)legalmente.

Todo mundo sabe que a maior parte dos CDs custa os olhos, narizes e bocas da cara.

Todo mundo sabe que vinil é status e (diz que) sabe que a qualidade sonora é superior.

Eu sei que tão anunciando e garantindo que o mundo vai se acabar. Mas vamos botar os pingos nos "is" (já que nos "us" não pode mais): essa crise é da indústria fonográfica, ok?

Se Obama salvar o mundo tal qual um super-herói Marvel ou se os donos das gravadoras derem cabo a suas vidas pulando das janelas de seus grandes escritórios, músicos ainda farão música e ouvintes ainda a escutarão e consumirão de alguma forma.

Agora, peloamordosdeuses, vamos mudar de assunto?

Sem mais,
Laís Clemente